Pela ordem: captação, edição e divulgação!
Texto e foto de Valéria del Cueto
Cheguei em casa depois de um mês na estrada. Mal findou o carnaval no Rio tomei o rumo de Uruguaiana, para fazer a cobertura dos desfiles fora de época das escolas de samba de lá.
Como sempre, fazer as fotos é demais. Mas representa pouco perto da tarefa de editá-las para serem publicas em duas edições consecutivas do jornal Tribuna de Uruguaiana, sob as orientações do editor Fred Marcovici. Trabalho triplo: a primeira edição é das mulheres e crianças, a segunda dos “camarotes fora de época” e ficam no HD portátil as que mais gosto - sem desmerecer as duas primeiras. As fotos que faço do povo do samba de lá.
Mas essas precisam esperar na, agora imensa, fila de edição, junto com as fotos da jornada completa. Isso, por que a fila demora, mas, de espacito, caminha.
A mesma que andará célere no mês de abril quando ficarei de castigo aqui na Ponta do Leme, cuidando de uma obra inevitável no apartamento térreo que habito, na Gustavo Sampaio.
Primeiro virá a edição das fotos do Carnaval Carioca: Mangueira, Mocidade, amigos e conhecidos.
Daí seguirei pela ordem: a viagem para Uruguaiana, treinando com a lente 50mm e a São Lucas, estância tipicamente gaúcha em que tive por “modelos” um mega sapo, um zurrilho e os exemplares Braford desfilando pela mangueira, numa verificação técnica, seguida de um banho com carpaticida, além do cenário perfeito de um por do sol regado a chimarrão, churrasco e vinho.
Ficou faltando conhecer o ratão de banhado que, impulsivo na véspera, resolveu se refrescar na solução do gado e ficou doentinho. Disse-me o Nilson, meu primo criador gado, que o animalzinho já está recuperado pronto para dar um corridão no Rodrigo, seu ex-amigo que faz agronomia em Santa Maria, e de quem o ratão agora tem ciúmes, aparentemente provocado pela ausência e as novas companhias do “guri”.
Na fila que, espero ande rápido, também tem a viagem pelo Paraguay com direito a tudo e mais um pouco: a ruta de Encarnacíon até a capital do país; o centro de Asuncíon, sua parte antiga e os trabalhos artesanais na Plaza de Los Heróis; Mariachis num cumpleaños; a cerâmica de Areguá, os bordados de Itauguá.
Está achando pouco? Acabou não. Do Uruguay vem registros de Artigas, cidade vizinha da gaúcha Quaraí. do. Esse trabalho do Sem Fim... é uma diversão!
A culpa de tanto é de três fotógrafos amigos meus. Um, o Rai Reis, de Cuiabá, que me fez investir numa lente 50mm. A mesma que ficou meio encostada, por que a achei muito “arisca”.
Minha primeira experiência real com ela foi no lançamento da exposição “Retratos e Relatos”, de José Medeiros. Acho que já contei o fato, mas não custa repetir: quando cheguei à vernissage ele botou uma Cannon, com a lentezinha em questão na minha mão e mandou que eu registrasse o evento, com direito a apresentação dos Mascarados de Poconé todinhos pra mim e pra quem mais se habilitou. Parei por aí, ainda temendo não dominar o manuseio da potranca. Até que outro profissional, o carioca Ricardo Almeida, apresentou nas redes sociais uma série de fotos de Paraty produzidas com a lente em questão. Não satisfeito me chamou de “velha” quando eu disse que era necessária muita agilidade para trabalhar com uma lente fixa, como esta.
Parti pra dentro. Comecei aumentando horrores a velocidade das fotos, para poder usá-la no carro, quando ia de Porto Alegre a Uruguaiana. Devagarzinho, fui fazendo uns testes nos ensaios técnicos do carnaval de lá. Nos desfiles já estava alternado-a com a zoom que costumo trabalhar. Quando fui pro Paraguay adotei a lente como principal e, quando saí do país, depois de vários dias me amansando com ela, já estava usando o manual e mandando ver sem medo de ser feliz.
O resultado, vocês verão em breve e aos poucos...
*Valéria del Cueto é jornalista, cineasta e gestora de carnaval. Esta crônica faz parte da série “Fronteira Oeste do Sul” do SEM FIM http://delcueto.multiply.com
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